Fernando Pessoa - Mensagem – Estrutura tripartida e o seu
carácter simbólico
1ªhipótese
- Estrutura formal e simbólica de Mensagem -
idealização da construção do Quinto Império português.
- Mensagem - como expressão poética dos
mitos;
- sintonia entre a vontade divina
e o sonho humano que representam o desejo de chegar mais além, combatendo o
medo, através da sua persistência no cumprimento desta missão.
- «Brasão»:
- princípio/nascimento da
nacionalidade;
- referência
aos fundadores e antepassados que criaram a pátria, como D. Henrique que ergueu
a espada «e fez-se» o começo.
- «Mar Português»:
- representativo da maturidade;
- realização dos portugueses
através do mar construindo o grande destino da Nação, «Do mar e nós em ti nos
deu sinal/Cumpriu-se o Mar».
- «O Encoberto» - império moribundo, a morte ou o
fim das energias latentes, anunciando-se a regeneração e instauração de um
tempo novo, através do espírito messiânico sebastianista «É esse que regressarei»
- Mensagem:
- apologia do passado português
grandioso e heroico;
- carácter místico e simbólico;
- ciclo da vida que pressupõe,
agora, a ressurreição.
2ª hipótese
- Mensagem:
-
obra épico-lírica;
-
grande valor mítico-simbólico;
-
apresenta uma estrutura tripartida que assenta no mito sebastianista e na
concretização do Quinto Império.
Divisão em
três partes - símbolo do ciclo da vida da «alma lusitana».
«Brasão»,
a primeira parte,
- referência a heróis mítico-lendários e históricos
- construção/edificação da pátria;
-
nascimento de uma nação grandiosa responsável pelo Império marítimo.
«Mar
Português», segunda parte,
- domínio do mar – estabelecimento de ligações
entre os povos;
- símbolo da maturidade, a vida da pátria e a busca
de um «futuro do passado» em que «Deus quer, o homem sonha, a obra nasce» em
direção à concretização do Quinto Império.
«O
Encoberto», terceira parte,
- cognome de D. Sebastião;
- morte como ressurreição/renascimento através do
regresso de D. Sebastião;
- sentimento de esperança relativamente ao «sonho
português», saudando o Messias que, na «Hora», virá salvar e edificar o
Império.
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