Fernando Pessoa - Mensagem
– Quinto Império e o mito Sebastianista.
1ª
hipótese
- Mensagem – anúncio de um novo império
civilizacional - o Quinto Império.
- Portugal - «cabeça da Europa»
- grande carga simbólica e mágica
- princípio e fim
- predestinação nacional para a concretização
deste Império.
- Esperança do Quinto Império em associação à ideia
tripartida da obra
-
evolução mítica da história do país, desde a origem («Brasão»), à fase adulta
(«Mar Português») até à morte («O Encoberto»).
- em «O
Encoberto» é patente o sentimento de sofrimento e mágoa:
- necessária
uma regeneração do país capaz de provocar o nascimento do império espiritual,
moral e civilizacional, caracterizador do Quinto Império.
- regresso
messiânico de D. Sebastião possibilitará o advento do Quinto Império
- o Quinto
Império surgirá após a crise actual, por isso, «Ó Portugal, hoje és
nevoeiro.../É a hora!»
- Valete Fratres - expressão final da obra:
- saudação e apelo à luta por um
Portugal Novo e ao cumprimento da missão que nos foi confiada.
2ª
hipótese
- Mensagem – anúncio de um novo império
civilizacional - o Quinto Império.
- Portugal - «cabeça da Europa»
- grande carga simbólica e mágica
- princípio e fim
- predestinação nacional para a
concretização deste Império.
- Época dos Descobrimentos - Portugal como império
dos mares;
- Agora - o Quinto Império português como a
«conquista das almas»
- Localização de Portugal na Europa como «O rosto
com que fita é Portugal»:
- grandiosidade e valor simbólico
do país na civilização ocidental;
- conceção messiânica da História
e a missão que nos foi imposta por Deus, «Deus quer, o homem sonha, a obra
nasce».
- «Falta cumprir-se Portugal», sendo «a hora!» para
edificar o Quinto Império, moral e civilizacional;
- espírito sebastianista para
conduzir à crença em mitos que influenciem o povo português a encontrar o
caminho para um novo império.
- Valete Fratres - expressão final da obra:
- saudação e apelo à luta por um
Portugal Novo e ao cumprimento da missão que nos foi confiada.
3ª hipótese
- Mensagem:
-
obra épico-lírica;
-
grande valor mítico-simbólico;
-
apresenta uma estrutura tripartida que assenta no mito sebastianista e na
concretização do Quinto Império.
- Exaltação
da glória lusitana passada.
- Atribuição
a D. Sebastião o carácter de herói;
-
o seu regresso espiritual conduzirá à concretização do Quinto Império.
- «Deus
quer, o homem sonha, a obra nasce»;
-
os portugueses terão apenas que realizar a ação, já que «Tudo mais é com Deus».
- «E outra
vez conquistemos a Distância-/Do mar ou outra, mas que seja nossa» - a crença
de Pessoa na concretização do Quinto Império;
-
império espiritual atingível apenas por aqueles que acreditam no espírito
sebastianista;
-
«tomem [a loucura] /Com o que nela ia» e passando «além da dor» consiguir
ascender a um estado superior de lusitanidade e universalidade;
- predestinação dos portugueses.
, para que estão predestinados.
- Valete Fratres - expressão final da obra:
- saudação e apelo à luta por um
Portugal Novo e ao cumprimento da missão que nos foi confiada.
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