Chegada a Lisboa e Lamentações do poeta, Canto X, estr. 144 - 156
Chegada a
Lisboa
«Assi
foram cortando o mar sereno,/Com vento sempre manso e nunca irado,/Até que
houveram vista do terreno/Em que naceram, sempre desejado.»
Camões glorifica
os feitos e elogia a experiência dos portugueses «A disciplina militar
prestante/
Não se
aprende, Senhor, na fantasia,/Sonhando, imaginando ou estudando,/
Senão
vendo, tratando e pelejando.»
O poeta agradece
a inspiração que a Musa lhe deu, mas confessa «que a Lira tenho/Destemperada e
a voz enrouquecida», não de ter feito esta Epopeia, mas porque «[vem]/ Cantar a
gente surda e endurecida
Crítica ao facto da pátria não reconhecer
nem se orgulhar dos letrados, sendo incapaz de apreciar o seu canto épico.
Elogio ao rei D. Sebastião e aos portugueses
que por ele tudo fazem (os seus vassalos demonstram grande força e coragem ao
seu serviço; enfrentam perigos; obedecem às suas ordens com prontidão e
alegria, fazendo do rei um vencedor e «não vencido.»)
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