A unidade da peça é dada pela figura de Gomes Freire,
pretenso chefe de uma conspiração contra o poder instituído em Portugal.
Como
enuncia o próprio autor no quadro de apresentação das personagens, Gomes
Freire, embora nunca apareça em cena, está sempre presente. No início da peça,
o General é tema de conversa entre os populares e é posto sob vigilância por
ordem de D. Miguel. No decurso do ato I, os regentes do reino, sem o
explicitarem, mostram-se ansiosos por ter algum indício que lhes permita acusar
Gomes Freire de chefe dessa conjura. O ato termina com a ordem de prisão de
Gomes Freire, acusado de chefe dos conspiradores, ainda que não existam provas de
que o seja. Todo o ato II se centra em torno da luta de Matilde, companheira do
General, pela defesa da sua vida. Luta sem êxito, já que a obra acaba com a
execução de Gomes Freire.
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