A
linguagem é viva e maleável e caracterizadora do estatuto social das
personagens, da relação estabelecida entre si e de afectividade. Evidencia-se a
diversidade de registos de língua que oscila entre o cuidado e o popular –
calão, como por exemplo «idiotas» e «bestas» (Vicente), expressões do nível
familiar «não há mas nem meio mas», alguns provérbios «a voz do povo é a voz de
Deus», frases em latim, por vezes proferidas com ironia e sarcasmo e
diminutivos com tom pejorativo, como «fidalgotes».
Marcas
caracterizadoras do código oral:
-
repetições frásicas e de palavras;
-
frases inacabadas e truncadas;
-
frases interrogativas, exclamativas e reticentes;
(Atenção: O ponto de exclamação/interrogação
é uma marca do código escrito. A frase exclamativa/interrogativa é uma marca do
código oral, pois relaciona-se com a prosódia.)
Funções
da linguagem
Calão p.
21
Familiar p.23 e 35
Popular p.31 e 39
Cuidada p.98
Função Apelativa p. 97
Função Emotiva p. 131
e 140
Por exemplo – Matilde utiliza a função
apelativa no diálogo com os governadores, já no seu diálogo com Sousa Falcão
assistimos a uma mudança radical na sua personalidade, sendo a função da
linguagem a emotiva.
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