sexta-feira, 6 de abril de 2012

Linguagem e estilo em Felizmente Há Luar!


            A linguagem é viva e maleável e caracterizadora do estatuto social das personagens, da relação estabelecida entre si e de afectividade. Evidencia-se a diversidade de registos de língua que oscila entre o cuidado e o popular – calão, como por exemplo «idiotas» e «bestas» (Vicente), expressões do nível familiar «não há mas nem meio mas», alguns provérbios «a voz do povo é a voz de Deus», frases em latim, por vezes proferidas com ironia e sarcasmo e diminutivos com tom pejorativo, como «fidalgotes».

Marcas caracterizadoras do código oral:
            - repetições frásicas e de palavras;
            - frases inacabadas e truncadas;
            - frases interrogativas, exclamativas e reticentes;

(Atenção: O ponto de exclamação/interrogação é uma marca do código escrito. A frase exclamativa/interrogativa é uma marca do código oral, pois relaciona-se com a prosódia.)

Funções da linguagem
Calão p. 21
Familiar p.23 e 35
 Popular p.31 e 39 
Cuidada p.98
Função Apelativa p. 97
Função Emotiva p. 131 e 140 
Por exemplo – Matilde utiliza a função apelativa no diálogo com os governadores, já no seu diálogo com Sousa Falcão assistimos a uma mudança radical na sua personalidade, sendo a função da linguagem a emotiva.
 

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