Na era do virtual, ir à biblioteca e consultar fisicamente obras e materiais de apoio é algo que caiu em desuso. Aqui, poderão encontrar aquelas informações que podem fazer toda a diferença no vosso estudo.
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
quinta-feira, 14 de junho de 2012
Citações que podem ser úteis
Eu simplesmente sinto com a
imaginação. Não uso o coração. (Fernando Pessoa)
Sentir? Sinta quem lê! (Fernando Pessoa)
Ah, poder ser tu, sendo eu!
Ter a tua alegre inconsciência e a consciência disso! (Fernando Pessoa)
Ser outro constantemente.
Não pertencer nem a mim. (Fernando Pessoa)
É em nós que é tudo. (Fernando Pessoa)
Com que ânsia tão raiva
quero aquele outrora! (Fernando Pessoa)
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Alberto Caeiro,
Álvaro de Campos,
Felizmente Há Luar,
Fernando Pessoa,
Memorial do Convento,
Mensagem,
Ricardo Reis
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Exames antigos
Aqui estão os links dos exames mais antigos (podem ser úteis):
Exames de 2006 e de 2007
Exames de 2008, 2009 e 2010.
Exames de 2008 a 2012.
Exames 2013.
Bom estudo!
Exames de 2006 e de 2007
Exames de 2008, 2009 e 2010.
Exames de 2008 a 2012.
Exames 2013.
Bom estudo!
sábado, 2 de junho de 2012
quarta-feira, 16 de maio de 2012
As Transgressões na obra Memorial do Convento
Transgressão do código religioso
- Sumptuosidade do convento (pp.365-6) vs a simplicidade e a humildade (essência dos valores cristãos);
- Recrutamento à força;
- Construção da passarola vs a proibição de ascender a um plano superior/divino (p. 198) - 4 bases de solidez do projecto: Bartolomeu, Baltasar, Blimunda e Scarlatti;
- A castidade vs as relações sexuais nos conventos (pp. 95,97);
- As estátuas dos santos (p. 344) vs a santidade humana (p. 342);
- Missa, espaço de vivência espiritual (p. 145) vs missa, espaço de namoros e de encontros clandestinos (pp. 43, 162, 236);
- A benção de Deus vs a benção dos homens;
- Funeral do Infante D. Pedro, espectáculo de pompa e circunstância vs funeral do sobrinho de Baltasar, manifestação isolada de dor.
quinta-feira, 10 de maio de 2012
Algumas linhas de crítica em Memorial do Convento
Linhas de crítica:
- à igreja
– religião, clero e ordens religiosas – por ex. p. 26 parágrafo «Vimos como em
instância…» ;
- às
terríveis discrepâncias sociais – por ex. p. 27 «No geral do ano… quando nasce,
é para todos.»;
- à
prepotência real – por ex. p.315 «só a vontade de el-rei prevalece, o resto é
nada…» parágrafo iniciado na p. 314 «A princesa já não pensa…»;
- à má
administração – por ex. p. 138 parágrafo «Ao outro dia…» - «por causa do
dinheiro não sejam os atrasos, gasta-se o que for preciso.»;
- à
futilidade e imbecilidade dos poderosos – por ex. p. 300 «Veio devolvida a
coitada… mais sabendo menos.» anterior ao parágrafo «A história dos
casamentos…».
Estilo Saramaguiano - II
Principais marcas da
linguagem e estilo de José Saramago (cf. Manual pp. 309-311)
-
metáfora;
-
comparação;
- ironia;
-
hipálage;
-
enumeração;
- adjetivação
rica e expressiva;
- diversos
registos de língua, não só quando falam as personagens, como também no discurso
do narrador (o registo de língua familiar e popular é utilizado,
frequentemente, com sentido irónico e crítico ou como forma de tradução do
estrato social das personagens);
- marcas
de oralidade, inclusão de regionalismos, palavras populares e calão;
-
oposições sugeridas por vocábulos antónimos (p. 27 final do parágrafo «No geral
do ano…»);
- formas
verbais: gerúndio; presente do indicativo e imperativo;
-
construção frásica: frases longas; paralelismos de construção (p. 26 parágrafo
«Vimos como em instância…»); utilização do polissíndeto (p.99 parágrafo que
começa na p. 98 «Já lá vai pelo mar…» - «A praça está toda rodeada… remata o
varão da bandeira.»); utilização do paralelismo de construção e do polissíndeto
(p. 113 parágrafo que começa na p. 112 «Na guerra de João…»);
- ausência
de sinais gráficos indicadores de diálogo;
-
hibridismo de tipologias discursivas (o narrador utiliza discurso direto,
indireto e indireto livre, sem proceder às demarcações tradicionais ao nível
gráfico e lexical);
- recurso
a expressões idiomáticas, frases feitas, provérbios e subversão dos mesmos;
-
utilização de deíticos, sejam os demonstrativos sejam os advérbios que apontam
para um tempo e um espaço próximos do narrador;
- etc…
Estilo Saramaguiano
Aspetos relativos ao
estilo saramaguiano
· Aproximação da simulação quer do discurso
oral, quer do monólogo interior, em que os pensamentos ininterruptos,
sobrepostos, múltiplos alógicos, verbalizados de forma mais ou menos coerente,
confluem de forma extremamente rápida e contínua.
· Emprego da
vírgula que, sobrepondo-se aos demais sinais de pontuação, separa as várias
falas das personagens e ritma o texto, marcando as suas pausas mais ou menos
longas, assim como tem um papel fundamental na aceleração do ritmo de leitura
do texto, já que as pausas definidas por vírgulas não serão nunca muito
extensas e deixam apenas tempo ao leitor de acertar a sua respiração e preparar
o fôlego.
· Também
estão ausentes os sinais de pontuação que habitualmente são responsáveis pelas
entoações quer exclamativa, quer interrogativa, cabendo ao leitor e à sua
leitura a descoberta da sua presença na narrativa.
· Destaque-se,
ainda, um tom coloquial e dialogante, com invetivas ao leitor, entrando em
interação com um estilo e uma linguagem cujo paradigma é claramente o dos
sermões barrocos do século XVIII. Será importante referir neste ponto as
alusões ao sermão enquanto exercício oratório (p. 92 parágrafo «Quando calha,
vem o Padre Bartolomeu Lourenço…»; p. 164 parágrafo «Tendes razão, disse o
padre…»; p. 174 parágrafo «Et ego in illo…»)
terça-feira, 8 de maio de 2012
A música de Domenico Scarlatti
Intertextualidades
Os intertextos de
Memorial do Convento
Encontram-se, nesta obra, várias intertextualidades com outras obras de referência:
a) Os
Lusíadas – p. 137 – parágrafo «Uns dias antes dera-se em Mafra…» - «foi
como o sopro gigantesco de Adamastor… nossos trabalhos.»; p. 207 – parágrafo «O
susto, o júbilo, cada qual de sua vez…» - «…que adamastores, que
fogos-de-santelmo … tornam a dar salgado.»; p. 209 – parágrafo que inicia «Em
poucos minutos, a máquina atinge…» - «Na frente deles ergue-se um vulto escuro,
será o Adamastor desta viagem, montes que se erguem redondos da terra, ainda
riscados de luz vermelha na cumeada.»; p. 300 – frase antes do parágrafo que
inicia «Deitaram reverentemente…» - «vós me direis qual é mais excelente, se
ser do mundo rei, se desta gente»; p. 304 – parágrafo «Corriam as mulheres,
choravam…» - «ó doce e amado esposo…ó pátria sem justiça»; p.312 – parágrafo
«Assim acautelado…» - «…este velho de aspecto venerando, ainda que sujo…»;
sexta-feira, 4 de maio de 2012
Caracterização de Sousa Falcão (p. 136-137) pelos alunos
Sousa
Falcão é um homem de ideais, fiel aos seus valores, e grande amigo do general
Gomes Freire e de sua mulher, Matilde.
Vive atormentado pela dura realidade imposta pela condenação
de Gomes Freire à pena da morte, realidade que devia ser destinada, igualmente,
a si. Assume uma atitude derrotista perante a convicção do General, por isso
veste-se de “negro”, dizendo estar de luto por ele mesmo (“Ele ainda está vivo, António. Não devia ter vindo de luto. (…) Não
estou de luto por ele, Matilde (…)”). Sousa Falcão vê, nos seus valores, os
de um homem justo, muito semelhantes aos do seu grande amigo Gomes Freire,
todavia, ao contrário deste ele não está condenado à forca, por isso considera
que “Quando os justos estão presos, só os
injustos podem ficar fora das cadeias”, ou seja, neste momento, ele é um
homem “injusto”. Sente-se revoltado e indignado por não partilhar o destino
traçado a Gomes Freire (“Fosse eu digno
da ideia que de mim mesmo tinha, e estava lá em baixo, em S.Julião da Barra, ao
lado de Gomes Freire, esperando a morte… (…) As ideias de Gomes Freire são
também as minhas, mas ele vai ser enforcado - e eu não.”). Queixa-se de ser
um indivíduo com aparente falta de coragem, e é sempre o homem que fica em
segundo plano, na segunda linha (“Faltou-me
sempre coragem para estar na primeira linha…”). Rege a sua vida de acordo
com os mesmos ideias do General, mas opta por não o demonstrar publicamente,
considera-se um cobarde (“(…) dei comigo
à beira de lhe chamar louco, para desculpar a minha própria cobardia”),
utilizando esta característica para justificar a sua falta de iniciativa.
Sousa Falcão é, portanto, um idealista convicto dos seus
ideias, mas que, nos momentos mais marcantes, opta por se situar num segundo
plano, mais seguro, contudo menos digno face à luta pelos valores da liberdade,
igualdade e fraternidade.
André Cid, 12º1C
(2011-12)
António de Sousa Falcão é o
“inseparável amigo” do General Gomes Freire D’Andrade na obra Felizmente Há
Luar!, sendo para além de Matilde, o único que o apoia incondicionalmente.
Nesta
cena, Sousa Falcão apercebe-se de que devia estar ao lado de Gomes de Freire e
passar pelo que ele passou e pelo final inevitável que terá, pois apesar de
nenhum dos dois ter feito algo de mal, ambos partilharam as mesmas ideias e
desejo de mudança, e só Gomes Freire foi castigado por tal.
Pelas
palavras de Sousa Falcão, percebemos que ele sente que é um fraco e que devia
ter tido coragem e enfrentar as consequências com que Gomes Freire está a
lidar, afirmando que nem merece ser seu amigo “Fosse eu digno da ideia que de
mim mesmo tinha, e estava lá em baixo, em S. Julião da Barra, ao lado de Gomes
Freire, esperando a morte…”, pois Sousa Falcão sente culpa por não ser punido tal
como Gomes Freire que está sozinho na masmorra, e ele está cá fora, são e
livre, apesar de conspirar e partilhar os mesmos ideais que o General, como foi
anteriormente referido, mas “Faltou-[lhe] sempre coragem para estar na primeira
linha…”, e é essa cobardia que caracteriza esta personagem que se arrepende de
não ter feito mais pelo seu fiel amigo.
Concluindo,
Sousa Falcão é um amigo fiel que espiritualmente é capaz de lutar por uma
causa, mas a sua cobardia acaba por vencer, impedindo-o de agir.
Inês Mendes, 12º5 (2011-12)
sexta-feira, 27 de abril de 2012
quinta-feira, 26 de abril de 2012
terça-feira, 24 de abril de 2012
segunda-feira, 23 de abril de 2012
terça-feira, 17 de abril de 2012
Planos para as questões B de Exame - Os Lusíadas
«Por obras valerosas que fazia,
Pelo trabalho imenso que se chama
Caminho da virtude, alto e fragoso,
Mas, no fim, doce, alegre e deleitoso»
Canto IX, 90
Luís de Camões, Os Lusíadas,
Os versos transcritos formulam uma perspetiva do heroísmo
presente em Os Lusíadas.
Com base na sua experiência de leitura, explicite o modo
como, ao longo da viagem, os navegadores portugueses se tornaram dignos de serem recebidos na «Ilha
dos Amores», fundamentando a sua exposição em dois exemplos significativos.
Escreva um texto de oitenta a cento e trinta palavras.
A resposta pode contemplar os tópicos que a seguir se
enunciam, ou outros considerados relevantes.
Em Os Lusíadas, o heroísmo dos navegadores,
recompensado na «Ilha dos Amores», é provado pelo esforço e pelo sacrifício necessários à superação de
múltiplos obstáculos:
– a passagem do Cabo das Tormentas (episódio do
«Adamastor»);
– as condições meteorológicas adversas (a tromba-d’água, a
tempestade, o fogo de Santelmo);
– a opinião contrária às Descobertas (episódio do «Velho do
Restelo»);
– os ataques e as ciladas;
– ...
Características épicas e líricas em Mensagem
Características do discurso épico:
– uso narrativo da 3.ª pessoa;
– importância conferida à História;
– apresentação de um acontecimento histórico por um protagonista de alta estirpe (social e moral);
– mitificação de um herói – celebração dos feitos de um herói, tornando-o imortal;
– concretização de uma ação heroica e admirável, com a ajuda de um ser sobrenatural;
segunda-feira, 16 de abril de 2012
Sonho/Realidade (evasão, angústia, tédio, frustração) - citações
Sonho/Realidade
(evasão, angústia, tédio, frustração)
«…o sonho é muitas vezes, para
Fernando Pessoa, uma compensação para a
realidade amarga e hostil (…). Perante a realidade decepcionante, o sonho aparece como o único caminho; uma
forma de evasão, de esquecimento. (…)
«Porém o sonho, mais do que uma
compensação, aparece por vezes como substituição à própria vida. Incapaz de
aderir ao presente, à realidade que lhe aparece como demasiadamente forte, o
poeta refugia-se no sonho. (…)
Nostalgia de um bem perdido/desagregação do tempo - citações
Nostalgia
de um bem perdido/Desagregação do tempo
«A infância é a inconsciência, o
sonho, a felicidade longínqua, uma idade perdida e remota que possivelmente
nunca existiu a não ser como reminiscência»
Isabel Pascoal, Poemas
de Fernando Pessoa
Fragmentação do eu - citações
Fragmentação
do eu
«Passageiro, viageiro, peregrino através da sua própria alma – é a
imagem de si que o poeta permanentemente nos transmite.
«A alma que quer fixar, que fora
de si, à sua frente, se desdobra como uma +paisagem é, contudo móbil: apenas à
sua passagem o poeta pode assistir. Apenas pode, afinal (como tantas vezes, por
outras palavras, disse) viajar através de si próprio, vendo-se e ouvindo-se,
como «canção de viagem», que se sente ser.
«É o poeta que viaja através da
sua alma-múltipla ou, inversamente, é viajado por ela? Seja como for, tudo é
viagem: paisagem e passagem.»
Teresa Rita Lopes, Pessoa por Conhecer
Dor de pensar - citações
Dor
de Pensar
«A extensão dos seus sentimentos
é constantemente diminuída pela vastidão do seu pensamento. A vida não pode
encontrar em Fernando Pessoa o que a vida requer para ser vivida – completo
abandono aos sentimentos que desperta. Daí a dualidade constante desse homem
que vive e pensa simultaneamente, e que, pensando o que vive, pensa,
precisamente, que a vida só vale a pena ser vivida quando vivida sem
pensamento, uma vez que o pensamento, pecado original de toda a vida, corrompe
a inconsciência inerente à própria felicidade de viver.»
J. G. Simões, Vida o Obra de Fernando
Pessoa
Nota biográfica escrita por Fernando Pessoa (com a data de 30 de março de 1935)
Nome completo: Fernando
António Nogueira Pessoa
Idade
e naturalidade: Nasceu em
Lisboa, freguesia dos Mártires, no prédio n.º 4 do Largo de São Carlos (hoje do
Directório) em 13 de Junho de 1888.
Alberto Caeiro - características-chave
Alberto Caeiro apresenta-se como um simples “guardador de rebanhos”, que só
se importa em ver de forma objetiva e
natural a realidade, com a qual contacta a todo o momento. Daí o seu desejo de integração e de comunhão com a
natureza.
Fragmentação do eu
Pessoa
por ele próprio…
«Continuamente
sinto que fui outro, que senti outro, que pensei outro. Aquilo a que assisto é
um espectáculo com outro cenário. E aquilo a que assisto sou eu.» Bernardo
Soares1
«Meu
Deus, meu Deus, a quem assisto? Quantos sou? Quem é eu? O que é este intervalo
entre mim e mim?» Bernardo Soares1
«Sou
o intervalo entre o que sou e o que não sou, entre o que sonho e o que a vida
fez de mim, a média abstracta e carnal entre coisas que não são nada, sendo eu
nada também.» Bernardo Soares 1
«Não sei quem sou, que alma
tenho. Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo. Sou
variamente outro do que um eu que não sei se existe (se é esses outros).»
Fernando Pessoa2
«Sou múltiplo. Sou um quarto
com inúmeros espelhos fantásticos que torcem para reflexões falsas uma única
realidade que não está em nenhuma e está em todas.» Fernando Pessoa2
1 – Livro do
Desassossego; 2 – Páginas Íntimas e de Auto-Interpretação
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