quarta-feira, 13 de maio de 2015

Análise de excertos do capítulo XII - Memorial do Convento

Proposta de correção do Manual – Expressões – Porto Editora – p. 306

1. O título do texto, extraído do excerto, anuncia a chegada de um dia particular e há muito desejado. Sucessivos adia- mentos fizeram com que a data da sagração das primeiras pedras do con- vento de Mafra fosse aguardada com expectativa e, daí, o uso do conector com valor conclusivo, indicando o final de um tempo de espera.

2. 17 de novembro de 1717 (ll. 45-46).


2.1. e.

2.2. 1711: d., f., h.; 1730: a., b., g., i.; 1739: c., f.

3. c.


Outros tópicos a ter em conta na exploração deste texto:

  • a prolepse utilizada na expressão “metros é o que dizemos hoje” (ll. 4-5);
  • a adaptação, com valor crítico, do adágio popular na passagem “afinal continua a ser por eles que se medem os homens” (ll. 5-6);
  • o recurso à ironia na descrição da figura de D. João V;
  • a utilização sarcástica da hipálage em “devotas lágrimas” (l. 34);
  • os comentários críticos do narrador, nomeadamente no final do terceiro parágrafo;
  • o uso significativo da interjeição em “Ai o dia seguinte” (ll. 40 e 44) e o efeito produzido com a repetição desta mesma exclamação;
  • a comicidade produzida pela enumeração dos elementos que fazem ajoelhar os populares (ll. 59-60);
  • a expressividade do conector “Enfim” (l. 61), usado no final do excerto;
  • a simbologia da referência aos “trinta dinheiros” (l. 63), em ligação com os “trinta degraus” (l. 63) que desce D. João V.
  • Cruzamento das linhas diegéticas nas quais se centra e sobre as quais reflete o romance: a construção da passarola e a construção do convento de Mafra.

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