quarta-feira, 13 de maio de 2015

Análise de excerto do capítulo XVI - Memorial do Convento

Proposta de correção do Manual – Expressões – Porto Editora – p. 314

  1. Ida de Scarlatti à quinta, viagem na passarola simultânea com as buscas do Santo Ofício em casa do padre Bartolomeu e com a caminhada de regresso de Domenico Scarlatti.

  1. Ao ver a passarola, em que não pôde seguir, o músico “acena com o chapéu, uma vez só” (l. 16), disfarça e finge não conhecer os que nela viajam para não denunciar a sua ligação ao projeto. Caso algo corra mal, não levantaria suspeitas sobre si próprio.


  1. Ao longo do excerto, o narrador é simultaneamente a entidade que relata os acontecimentos na sua sucessão cronológica, mas que igualmente gere o tempo histórico em função do discurso que produz. Por essa razão, revela a sua omnisciência ao apresentar factos simultâneos e anteriores ao presente da narrativa, como a ida de Scarlatti à quinta do duque de Aveiro, assumindo- -se como parte de um grupo (“nós”, l. 10) que domina a matéria diegética (“nós o sabemos e vamos dizer”, l. 10).

PÓS-LEITURA
1.1. Com o decorrer da viagem e o enfraquecimento da luz do sol, a máquina, apesar dos esforços de Baltasar e Blimunda, acaba por despenhar-se. Frustrado com a experiência, o padre Bartolomeu tenta incendiar a passarola e acaba por fugir. O casal Sete-Sóis e Sete-Luas passa a noite junto da máquina e regressa a casa na manhã seguinte.


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