Proposta de
correção do Manual – Expressões – Porto Editora – p. 314
- Ida de Scarlatti à quinta, viagem na passarola
simultânea com as buscas do Santo Ofício em casa do padre Bartolomeu e com
a caminhada de regresso de Domenico Scarlatti.
- Ao ver a passarola, em que não pôde seguir, o
músico “acena com o chapéu, uma vez só” (l. 16), disfarça e finge
não conhecer os que nela viajam para não denunciar a sua ligação ao
projeto. Caso algo corra mal, não levantaria suspeitas sobre si próprio.
- Ao longo do excerto, o narrador é
simultaneamente a entidade que relata os acontecimentos na sua sucessão
cronológica, mas que igualmente gere o tempo histórico em função do
discurso que produz. Por essa razão, revela a sua omnisciência ao
apresentar factos simultâneos e anteriores ao presente da narrativa, como
a ida de Scarlatti à quinta do duque de Aveiro, assumindo- -se como parte
de um grupo (“nós”, l. 10) que domina a matéria diegética (“nós
o sabemos e vamos dizer”, l. 10).
PÓS-LEITURA
1.1.
Com
o decorrer da viagem e o enfraquecimento da luz do sol, a máquina, apesar dos
esforços de Baltasar e Blimunda, acaba por despenhar-se. Frustrado com a experiência,
o padre Bartolomeu tenta incendiar a passarola e acaba por fugir. O casal
Sete-Sóis e Sete-Luas passa a noite junto da máquina e regressa a casa na manhã
seguinte.
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