Considera as estrofes
d’Os Lusíadas.
– Refere as razões que estão na origem dos
sentimentos dos que partem na viagem, fundamentando a tua resposta com
elementos textuais.
- Ambiente de dor e de pessimismo (“Cheio dentro de
dúvida e receio,/Que apenas nos meus olhos ponho o freio”) provocado pela:
o
antecipação dos
perigos que aqueles que partem vão enfrentar – “Em tão longo caminho e
duvidoso,/Por perdidos as gentes nos julgavam”;
o
noção do
desconhecido e incerteza que aquela jornada implicaria - “Em tão longo caminho
e duvidoso,/Por perdidos as gentes nos julgavam”;
o
consciência de
que a morte era o destino provável – “A desesperação e frio medo/De já não nos
tornar a ver tão cedo”.
– Refere os sentimentos dos que partem na
viagem, fundamentando a tua resposta com elementos textuais.
- Medo, dúvida, receio e dor (“Cheio dentro de dúvida e
receio,/Que apenas nos meus olhos ponho o freio”) provocado pela antecipação
dos perigos que vão enfrentar – “Em tão longo caminho e duvidoso,/Por perdidos
as gentes nos julgavam”;
- Sentimento de dever a cumprir, determinação, vontade de
ir, apesar da dor sentida e da consciência de que a morte era o destino
provável – “A desesperação e frio medo/De já não nos tornar a ver tão cedo”.
- Refere os sentimentos dos que ficam em
terra, fundamentando a tua resposta com elementos textuais. (70 pontos)
- Medo, dúvida, receio, dor e pessimismo (“Por perdidos
as gentes nos julgavam”) provocado pela antecipação dos perigos que os seus
familiares e amigos vão enfrentar – “Em tão longo caminho e duvidoso”;
- Desespero, já que tinham consciência de que a morte era
o destino provável – “A desesperação e frio medo/De já não nos tornar a ver tão
cedo”.
Atenta no poema «Mar Português».
– Interpreta a expressividade da
interrogação retórica existente na segunda estrofe.
-
Confere um
carácter mais reflexivo a esta segunda parte do poema;
-
O sujeito
poético questiona a validade do sofrimento passado por todos quantos ficaram e
partiram na grande empresa dos descobrimentos;
-
Consolidação da
ideia de que todos os sacrifícios são justificáveis, se o objetivo que estiver
na sua base for nobre, por isso conclui «Tudo vale a pena se a alma não é
pequena», querendo salientar que os propósitos dos portugueses eram nobres e
por isso, valeria a pena enfrentar todos os obstáculos esperados.
- Explica o valor expressivo da hipérbole que
inicia a primeira estrofe.
–
Salientar o
sofrimento/a dor causado/a pela conquista do mar àqueles que ficavam em terra,
vivendo na incerteza do regresso dos seus entes queridos, por isso, se insinua
que grande parte do sal que o mar tem é proveniente da quantidade de lágrimas
de todos os parentes e amigos que ficaram em Portugal a rezar por aqueles que
foram à descoberta do mar sem fim.
–
Reforçar o sacrifício
inerente às grandes conquistas.
– Clarifica a expressividade existente na
rima «deu»/«céu», tendo em conta a construção de sentidos do poema. (70 pontos)
-
Foi Deus quem
predestinou a glória para Portugal, logo, o «céu», como representação do divino
permitiu, ou «deu», a Portugal a hipótese de alcançar o seu sonho através dos
mares;
-
Deus “deu” ao
mar os perigos e abismos e só quem os ultrapassasse é que poderia atingir o
“céu”;
-
O mar é o
espelho do céu, e os portugueses são o agente da vontade divina que desbrava o
mar para dar ao mundo novos mundos e atingir a imortalidade.
-
Demonstração que
a imortalidade e a glória de Portugal surgem como vontade divina, como é dito
no «Infante» «Deus quer, o homem sonha, a obra nasce».
Apresenta semelhanças entre as estrofes de Os Lusíadas
e o poema «Mar Português».
-
A mesma
temática: a imortalidade alcança-se com a vitória sobre o sofrimento.
o
As «lágrimas de
Portugal» que tornaram salgado o mar de Mensagem são as lágrimas
choradas n’Os Lusíadas pelas mulheres que, na praia, se despediram dos
marinheiros que partiram na grande aventura de Vasco da Gama;
-
Sofrimento dos
agentes da ação, tanto dos que ficaram como dos que partiram, assim tanto
sofreram os navegadores, por saírem do seu país e do seu seio familiar, como
sofreram as famílias que viam os marinheiros partir, receosas «de não [os]
tornar a ver tão cedo»;
-
Viagem era cheia de perigos, não havendo, por
isso a certeza de que eles voltariam para as suas casas.
-
Os sentimentos
existentes e o dramatismo necessário que se viveu naquele dia, para que fosse
possível a posterior alegria do regresso e da glória.
-
A consciência do
perigo, que também provoca dor e sofrimento, é eivada de otimismo, pois a dor é
encarada como um meio necessário para alcançar o sonho, é uma fase do caminho
para atingir o absoluto.
-
Determinação dos
navegadores que, embora estejam “[cheios] de dúvida e receio”, consideram que
“[vale] a pena” e embarcam nesta aventura.
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