Texto expositivo-informativo (130-170
palavras) 2 hipóteses
«O guardador de rebanhos», poeta
do real objetivo, pensa vendo e ouvindo, recusando o pensamento metafísico.
Caeiro
é o poeta que vive em perfeita comunhão com a natureza, existindo uma plena
identificação com os elementos naturais. Através de uma poesia deambulatória,
“olhando para a direita e para a esquerda”, faz o primado das sensações,
atribuindo maior importância à visão, à “ciência de ver”. Deste modo, recusa o
pensamento, pois “nada pensa nada” e “pensar é estar doente dos olhos”. Assim,
defende o objetivismo na poesia, assumindo uma atitude antimetafísica de
rejeição do que ultrapassa a apreensão imediata do real. Exatamente por estes
motivos existe uma defesa da naturalidade e simplicidade, não só temática, mas
também formal.
A
contemplação simples faz de Caeiro um poeta da Natureza e do olhar, da
simplicidade e clareza total e da objetividade das sensações, que pensa
sentindo, pois «pensar [metafisicamente] é não compreender».
148 palavras
«O guardador de rebanhos», poeta
do real objetivo, pensa vendo e ouvindo, recusando o pensamento metafísico.
Caeiro
espelha a inocência e constante novidade das coisas, procurando captar o que as
sensações lhe oferecem da realidade imediata, «a sensação é a única realidade
para nós», não intelectualiza, pois, «pensar é estar doente dos olhos». Assim,
constrói uma doutrina objetiva, já que «pensar incomoda como andar à chuva»,
por isso liberta-se de todas as ideias pré-concebidas, e vê a realidade
concreta, breve e transitória, pois «as coisas não têm significado: têm
existência», assumindo a percepção sensorial o papel principal.
A
contemplação simples faz de Caeiro um poeta da Natureza e do olhar, da
simplicidade e clareza total e da objetividade das sensações, que pensa
sentindo, pois «pensar [metafisicamente] é não compreender».
129 palavras
Alberto Caeiro
apresenta-se como um poeta bucólico, afirmando «fui o único poeta da Natureza».
Ao assumir-se metaforicamente como
um “guardador de rebanhos”, o poeta exprime o seu desejo de viver de forma
simples e tranquila, recolhendo da natureza toda a paz e procurando uma
integração e comunhão com ela. A sua felicidade resulta dessa perceção pelos
sentidos das coisas simples da vida, «quando […] me deito ao comprido na erva,
[…] sei a verdade e sou feliz.» Deste modo, ama a natureza pelo que ela é,
pelas sensações objetivas transmitidas e não por saber ou pensar o que ela é,
«Se eu pensasse nessas cousas, / Deixava de ver as árvores e as plantas».
Caeiro deambula, observando o mundo,
surpreendendo-se com a sua renovação e eterna novidade, sem preconceitos ou
abstrações. Mostra-se um poeta pagão ao ver no mundo sensível e em cada
elemento da Natureza uma revelação do divino, numa atitude panteísta, recusando
o pensamento e a metafísica.
Concluindo, a natureza constitui o
maior ensinamento de vida para Caeiro.
170 palavras
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