Na era do virtual, ir à biblioteca e consultar fisicamente obras e materiais de apoio é algo que caiu em desuso. Aqui, poderão encontrar aquelas informações que podem fazer toda a diferença no vosso estudo.
quinta-feira, 30 de novembro de 2017
quinta-feira, 23 de novembro de 2017
domingo, 19 de novembro de 2017
Ricardo Reis – o poeta clássico; a consciência e a encenação da mortalidade
Texto expositivo-informativo (130-170 palavras)
2 hipóteses
Através da influência da Antiguidade Clássica,
Ricardo Reis defende o estoicismo, o epicurismo e o carpe diem horaciano.
A sua consciência da efemeridade da vida leva-o
à indiferença face à morte (“da vida iremos/Tranquilos”) e à reflexão sobre o
fluir inelutável do tempo, comparando a vida ao curso de um rio que “passa e
não fica, nada deixa e nunca regressa”. A aceitação estoica do poder do destino
é reveladora da atitude de abdicação, conduzindo-o à recusa das emoções. A
filosofia estoica une-se à epicurista na medida em que esta última defende a
procura da felicidade relativa e da ataraxia e, por isso, da moderação dos
prazeres, da fuga aos sentimentos extremos e ao sofrimento e a indiferença face
à morte. Deste modo, Reis pretende aproveitar o dia e os prazeres do momento
presente, já que tem consciência da efemeridade da vida, d’”o pouco que
duramos”.
Concluindo, a aceitação passiva da realidade e
a tranquilidade sem perturbação fazem da vida uma natural
condenação à morte.
165 palavras
Alberto Caeiro – o poeta bucólico; o primado das sensações
Texto expositivo-informativo (130-170
palavras) 2 hipóteses
«O guardador de rebanhos», poeta
do real objetivo, pensa vendo e ouvindo, recusando o pensamento metafísico.
Caeiro
é o poeta que vive em perfeita comunhão com a natureza, existindo uma plena
identificação com os elementos naturais. Através de uma poesia deambulatória,
“olhando para a direita e para a esquerda”, faz o primado das sensações,
atribuindo maior importância à visão, à “ciência de ver”. Deste modo, recusa o
pensamento, pois “nada pensa nada” e “pensar é estar doente dos olhos”. Assim,
defende o objetivismo na poesia, assumindo uma atitude antimetafísica de
rejeição do que ultrapassa a apreensão imediata do real. Exatamente por estes
motivos existe uma defesa da naturalidade e simplicidade, não só temática, mas
também formal.
A
contemplação simples faz de Caeiro um poeta da Natureza e do olhar, da
simplicidade e clareza total e da objetividade das sensações, que pensa
sentindo, pois «pensar [metafisicamente] é não compreender».
148 palavras
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