Eu simplesmente sinto com a
imaginação. Não uso o coração. (Fernando Pessoa)
Sentir? Sinta quem lê! (Fernando Pessoa)
Ah, poder ser tu, sendo eu!
Ter a tua alegre inconsciência e a consciência disso! (Fernando Pessoa)
Ser outro constantemente.
Não pertencer nem a mim. (Fernando Pessoa)
É em nós que é tudo. (Fernando Pessoa)
Com que ânsia tão raiva
quero aquele outrora! (Fernando Pessoa)
Sinto-me nascido a cada
momento para a eterna novidade do mundo. (Alberto Caeiro)
Porque pensar é não
compreender. (Alberto
Caeiro)
Pensar é estar doente dos
olhos.
(Alberto Caeiro)
Por isso quando num dia de
calor me sinto triste de gozá-lo tanto, e me deito ao comprido na erva, e fecho
os olhos quentes, sinto o meu corpo deitado na realidade, sei a verdade e sou
feliz.
(Alberto Caeiro)
Envelhecemos. Saibamos,
quasi maliciosos, sentir-nos ir. (Ricardo Reis)
Não vale a pena fazer um gesto. (Ricardo Reis)
Para ser grande sê inteiro.
Põe quanto és no mínimo que fazes. (Ricardo Reis)
Vem sentar-te comigo,
Lídia, à beira do rio. (Ricardo Reis)
A vida passa e não fica,
nada deixa e nunca regressa. (Ricardo Reis)
Desenlacemos as mãos, porque
não vale a pena cansarmo-nos. Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o
rio.
(Ricardo Reis)
Senta-te ao sol. Abdica e
sê rei de ti próprio.
(Ricardo Reis)
Canto, e canto o presente e
também o passado e o futuro, porque o presente é todo o passado e todo o
futuro.
(Álvaro de Campos)
Poder exprimir-me todo como
um motor se exprime! Se completo como uma máquina! (Álvaro de Campos)
Nada me prende a nada.
Quero cinquenta coisas ao mesmo tempo. (Álvaro de Campos)
Não. Não quero nada. Já
disse que não quero nada. (Álvaro de Campos)
Não me peguem no braço! Não gosto que me peguem no braço.
Quero ser sozinho. Já disse que sou sozinho! (Álvaro de Campos)
No tempo em que festejavam
o dia dos meus anos, eu era feliz e ninguém estava morto. (Álvaro de Campos)
O que há em mim é sobretudo
cansaço.
(Álvaro de Campos)
Louco, sim, louco, porque quis
grandeza. (Fernando
Pessoa - Mensagem)
Deus quer, o homem sonha, a
obra nasce.
(Fernando Pessoa - Mensagem)
Falta cumprir-se Portugal. (Fernando Pessoa - Mensagem)
O sonho é ver as formas invisíveis. (Fernando Pessoa - Mensagem)
Os beijos merecidos da
Verdade. (Fernando
Pessoa - Mensagem)
Tudo vale a pena se a alma não é pequena. (Fernando Pessoa - Mensagem)
Que posso eu fazer? Sim:
que posso eu fazer? (Manuel – Felizmente há luar!)
Os degraus da vida são logo
esquecidos por quem sobe a escada. (Vicente – Felizmente há luar!)
Quero o país inteiro a
cantar em coro.
(D. Miguel – Felizmente há luar!)
Morte ao traidor Gomes
Freire de Andrade.
(D. Miguel – Felizmente há luar!)
Sempre que há uma esperança
os tambores abafam-lhe a voz... (Manuel – Felizmente há luar!)
Tudo isso o meu homem
poderia ter tido... se tivesse sido menos homem... (Matilde - – Felizmente
há luar!)
Numa terra onde só cortam
as árvores para que não façam sombra aos arbustos... (Matilde – Felizmente
há luar!)
Todos somos chamados, pelo
menos, uma vez, a desempenhar um papel que nos supera. (Sousa Falcão – Felizmente
há luar!)
A simples existência de
certos homens é já um crime. (Beresford – Felizmente há luar!)
Quando precisamos deles,
dão-nos cinco réis! Quando precisam de nós, pedem-nos a vida. (Manuel – Felizmente há
luar!)
Lisboa há de cheirar toda a
noite a carne assada.
(D. Miguel – Felizmente há luar!)
Felizmente há luar! (D. Miguel – Felizmente
há luar!)
Limpem os olhos no clarão
daquela fogueira e abram as almas ao que ela nos ensina! (Matilde – Felizmente há
luar!)
Felizmente, felizmente há
luar!
(Matilde – Felizmente há luar!)
Prometo, pela minha palavra
real, que farei construir um convento de franciscanos na vila de Mafra se a
rainha me der um filho. (D. João V – Memorial do Convento)
Ali vai minha mãe. (Blimunda – Memorial do
Convento)
Se não queres ficar ,
vai-te embora, não te posso obrigar. (Blimunda – Memorial do Convento)
Juro que nunca te olharei
por dentro.
(Blimunda – Memorial do Convento)
O homem primeiro tropeça,
depois anda, depois corre, um dia voará. (Padre Bartolomeu Lourenço – Memorial do
Convento)
Dá-me o pão, Baltasar,
dá-me o pão, por alma de quem lá tenhas. (Blimunda – Memorial do Convento)
Estás a mangar comigo,
ninguém pode olhar por dentro das pessoas. (Baltasar – Memorial do Convento)
Tu serás Sete-Luas porque
vês às escuras.
(Padre Bartolomeu Lourenço – Memorial do Convento)
Se eu morrer antes de ti,
peço-te que me vejas.
(Baltasar – Memorial do Convento)
Há um tempo para construir
e um tempo para destruir. (Blimunda– Memorial do Convento)
Vem. (Blimunda – Memorial do
Convento)
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