tag:blogger.com,1999:blog-8584544507444508520.post4880731673583855137..comments2022-10-03T10:20:43.090+01:00Comments on "O sonho é ver as formas invisíveis.": Paralelismo estrutural em Felizmente há Luar!A minha pátria é a língua portuguesa.http://www.blogger.com/profile/02212067994149172515noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-8584544507444508520.post-20682709893737311632016-01-07T17:05:25.530+00:002016-01-07T17:05:25.530+00:00 Embora nunca apareça em cena, o General Gomes Fre... Embora nunca apareça em cena, o General Gomes Freire de Andrade está sempre presente e é ele que confere unidade à peça.<br /> Após uma leitura atenta da obra é fácil perceber que existe uma paralelismo estrutural entre os dois atos da mesma, uma vez que o segundo ato funciona como a consequência do que ocorre no primeiro ato. Assim:<br /><br />I Ato<br />II Ato<br />Manuel interroga-se sobre o que fazer para alterar a sua situação e da sua classe social.<br />O povo lamenta a sua miséria.<br />A chegada dos polícias faz dispersar os populares. Os polícias procuram Vicente para que este traia a sua classe e se transforme num «bufo».<br />A polícia proíbe os ajuntamentos.<br />Os diálogos entre os governadores, Vicente, Andrade Corvo e Morais Sarmento funcionam como um plano de preparação para a condenação do General Gomes Freire.<br />Os diálogos entre os governadores e Matilde significam a efetivação das intenções dos representantes dos poder – destruir o General Gomes Freire.<br />Prisão de populares que conspiravam contra o governo e apelo de «morte ao traidor Gomes Freire» feito por D. Miguel Forjaz.<br />Morte do General e grito de esperança de Matilde.<br /><br /> O autor pretende mostrar por um lado o imobilismo da sociedade portuguesa, por outro a impotência de alguns elementos mais conscientes do povo para alterar qualquer situação, por muito desagrado que esta lhe cause. O imobilismo é evidenciado por tudo se encontrar exatamente na mesma, antes e depois da prisão do General, antes e depois de abortada uma conspiração que poderia ter modificado o país. A impotência é evidente nas palavras de Manuel – foram-se os franceses, vieram os ingleses, se os ingleses se forem ficam os regentes portugueses «entre os três venha o diabo que escolha» (Ato I). Entretanto (Ato II), houve uma esperança dada pela conspiração. Morta a esperança ficaram piores do que estavam. Se Gomes Freire, com todo o seu prestígio militar e político, nada pôde fazer contra o Poder, o que poderá um simples popular? Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/13178994696599275738noreply@blogger.com